* Cuidado com o SOL...!

A radiação solar constitui um importante factor natural do clima da Terra influenciando significativamente o ambiente.

A parte ultravioleta do espectro solar (UV) desempenha um papel determinante em muitos processos na biosfera, possuindo muitos efeitos benéficos, poderá no entanto causar graves prejuízos para a saúde se o nível de UV exceder os limites de “segurança”.


De facto, se a quantidade de radiação ultravioleta exceder os limites a partir dos quais os mecanismos de defesa, inerentes a cada espécie, se tornam ineficazes, poderão ser causados graves danos a nível biológico, facto que também se aplica ao organismo humano e em particular aos órgãos da pele e da visão.

Com o intuito de serem evitadas lesões, agudas e crónicas, resultantes da exposição a elevadas níveis de UV, as pessoas deverão limitar a sua exposição à radiação solar adoptando medidas de protecção, medidas estas que variam consoante a sensibilidade de cada um à mesma radiação solar.

A variação diurna e anual da radiação solar que chega à superfície é governada por factores astronómicos e parâmetros geográficos bem como por condições atmosféricas. As acções decorrentes das actividades humanas que atingem a atmosfera, poluindo o ar e influenciando a camada de ozono, afectam também a radiação UV que chega à superfície.
Consequentemente, a radiação UV é um parâmetro ambiental altamente variável no espaço e no tempo.

A radiação ultravioleta (UV) faz parte do espectro da radiação solar nos comprimentos de onda compreendidos entre 290 nm a 400 nm.

A chamada radiação UV-B corresponde ao intervalo espectral de 280 nm a 320 nm, sendo a principal responsável pela formação de queimaduras na pele, cancro da pele, cataratas e outros efeitos na saúde humana.

A radiação solar UV-B que incide na atmosfera da Terra é absorvida principalmente pelo ozono estratosférico o qual se encontra entre 10 km e 50 km de altitude.

No entanto, existem outros componentes atmosféricos que podem contribuir também para uma atenuação (por absorção e/ou por difusão) da radiação UV-B na atmosfera como as nuvens, o aerossol atmosférico e até o próprio ar.

Existem ainda outros factores que podem contribuir para o aumento da radiação UV-B como as reflexões das nuvens, neve, areia, etc.


A radiação ultravioleta e a camada de ozono

Cerca de 90 % do ozono atmosférico encontra-se na estratosfera (10-50 km).
Assumindo que os outros factores (altura do Sol, local, nebulosidade, aerossol, etc.) se mantêm constantes, as variações da radiação UV-B resultam das variações na espessura do ozono estratosférico devidas aos vários mecanismos de transporte formação e destruição do ozono na atmosfera.

Nos últimos 20 anos observou-se uma redução gradual da espessura da camada de ozono principalmente nas latitudes médias e altas, atribuída à destruição do ozono por compostos químicos resultantes das actividades humanas.

Esta redução aumenta regra geral na direcção dos pólos e com maior intensidade no chamado Buraco de Ozono da Antárctida.

Em Portugal a situação da camada de ozono não é significativamente diferente das outras regiões situadas à mesma latitude, observando-se uma redução de cerca de 3% por década durante os últimos 30 anos.

As preocupações resultantes do aumento da radiação UV-B devido à redução global da espessura da camada de ozono levaram a um aumento no interesse pela medição e previsão da radiação UV-B tendo em conta a grande variabilidade espacial e temporal do ozono.


Definição do Índice UV

A necessidade de fazer chegar ao público em geral informação sobre a radiação UV e sobre os seus possíveis efeitos nocivos, levou a comunidade científica a definir um parâmetro que pudesse ser usado como um indicador para as exposições a esta radiação.
Este parâmetro chama-se Índice UV (IUV).

Assim, o IUV é uma medida dos níveis da radiação solar ultravioleta que efectivamente contribui para a formação de uma queimadura na pele humana (eritema), sendo que a sua formação depende dos tipos de pele (I, II, III, IV) e do tempo máximo de exposição solar com a pele desprotegida.

O Índice UV exprime-se numericamente como o resultado da multiplicação do valor médio no tempo da irradiância efectiva (W/m2) por 40.
( Exemplo: Uma irradiância efectiva de 0,2 W/m2 corresponde a um valor do UVI de 8,0 ).

O Índice UV varia entre:

até 2 »»» IUV é Reduzido;

3 a 5 »»» IUV é Moderado;

6 a 7 »»» IUV é Alto;

8 a 9 »»» IUV é Muito Alto;

> 11 »»» IUV é Extremo.


Os valores médios do UV para a latitude de Portugal, enquadram-se:

* para o período compreendido entre os meses de Outubro a Abril entre 3 a 6 (o que significa Moderado com possibilidade de Alto em alguns momentos deste período);

* entre 9 e 10 para o período compreendido entre Maio a Setembro (o que corresponde a Muito Alto).

in IM

Para sua segurança, consulte a previsão diária do Índice UV ,
disponível no site do IM (ver ao lado)